29.11.05

Só um pouquinho de 'Brazil'

Poucas palavras contam a história brasileira atual

* O Fome zero morreu de fome e o Zé Dirceu agora tem pressa.

* O país parou diante de uma crise política sem fim, a pizza permaneceu tempo demais no forno. Passou do ponto. Queimou no forno.

* Por motivos que ninguém sabe, não foram informados os gastos em saúde ao governo federal e assim o poder público deixou de gastar R$ 9 bilhões em hospitais, médicos, equipamentos, remédios e exames em todo o País, segundo estimativa do Ministério da Saúde.

* E a lista não para de crescer, melhor ficarmos por aqui. Com a imagem abaixo, quem precisa de palavras?

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Imitação das sandálias havaianas




Senhoras e senhores, enquanto isso, o verdadeiro Brasil segue com muita criatividade no pé. A gente faz o que pode.

27.11.05

Campeonato brasileiro emoção até a última rodada

O gavião bicou a macaca e deu mais um passo na conquista do título, já o colorado ao abater o porco manteve a chama acesa.

Agora é esperar pelo próximo domingo, só assim saberemos o campeão.

Corinthians 3 x 1 Ponte Preta
Internacional 2 x 1 Palmeiras

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Cabelo de Tevez vira mania no Pacaembu
Foto: Reinaldo Marques

25.11.05

De caso com a poesia

* Coisas que não te disse...

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É Isso Aí (Ana Carolina)

É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
E nem reparou na lua
A vida sempre continua

E eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar de te olhar

É isso aí
Há quem acredita em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí
Um vendedor de flores
Ensina seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

Crédito Foto: Sophie Touvenin


* Sim, é isso aí...são coisas que não te disse, mas que alguém resolveu cantar.
Beijo a todos ;-P

22.11.05

La Prensa

Por Marcos Pontes*

Não há como se contestar, por mais tapado que o sujeito seja, da importância
da imprensa na vida de cada um, mesmo na dos índios isolados da Amazônia que
sequer viram um jornal ou um pedaço de revista. Que fique claro que são
pouquíssimos os índios da Amazônia que ainda não passaram por essa
experiência.

É a imprensa que nos avisa das catástrofes ou divulgam a tal moda, que nada
mais é do que um cartel das grandes fábricas e grifes do mundo para nos
dizer se somos moderninhos ou cafonas. A imprensa nos prepara os bolsos para
o aumento do combustível ou para comermos feijão todos os dias com a
supersafra do ano. É ela quem nos informa se nosso candidato a prefeito é o
que pensamos que seja ou mais um engodo.

A descoberta de Gutemberg foi tão importante quanto a da máquina a vapor.
Ambas fizeram o mundo dar uma guinada, embora a de Gutemberg tenha sido
negada a muita gente que já sabia que quem detém o conhecimento tem o poder.
Já a máquina a vapor precisava de braços fortes, de preferência com mentes
fracas, para ajudar a enriquecer aqueles que tinham o conhecimento.

Foi a imprensa o catalisador da primeira grande cisma da Igreja Católica
Apóstólica Romana, quando um padre rebelde resolveu traduzir a Bíblia para o
alemão, sua língua natal, permitindo que qualquer cidadão minimamente
letrado tivesse o conhecimento que somente os clérigos, conhecedores do
latim, tinham até então. Aproveitando a deixa, o padre que de bobo não tinha
nada, retirou cinco livros que não lhe interessavam, coisa que, aliás, a
própria Igreja Católica já havia feito antes.

O The New York Times foi o responsável pela queda de Richard Nixon, quando
revelou as tramas do caso Watergate.

No Brasil a imprensa, usando qualquer que seja a média (prefiro a grafia
portuguesa, média, mas pretendo me fazer entender) também faz suas
estrepolias, para o bem ou para o mal. Jornais cometeram o crime bárbaro
contra a Escola Base, em São Paulo, ao acusarem seus donos de maltratarem as
crianças que ali estudavam. Mesmo depois dos fatos esclarecidos, a família
dos proprietários nunca foi devidamente ressarcida dos danos que lhes
foram causados e hoje vivem de uma pequena empresa de fotocopiadoras. O que
será que aconteceu com os professores? Será que conseguem emprego depois de
apresentarem suas referências profissionais a um potencial empregador?

As revistas e televisões elegeram políticos para os mais diversos cargos em
nosso país e, muitas vezes, depois de verem seus interesses contrariados,
fazem campanhas para destruírem aqueles que antes eram seus prediletos. Isso
causa enormes discussões na classe. No caso específico de Collor, muito se
fala da influência ou não da Rede Globo na sua eleição. Não se comenta,
porém, da enorme responsabilidade não só da Rede Globo, mas de diversos
outros órgãos, na destituição do então presidente. Mas os acadêmicos não
sabem tudo e os corporativistas não dariam o braço a torcer facilmente. O
povo, o cidadão comum, esse, sim, sabe se foi influenciado ou não, vou
dirigido ou não como vaquinhas no corredor do curral para tomar sua vacina
contra aftosa.

Mesmo gente culta, leitores contumazes, ainda se deixam convencer facilmente
por tudo o que lê. São pessoas que acham que se está escrito em letra de
forma e em grande circulação, é verdade. A falta de questionamento é
premente e grave. Dá trabalho pensar, analisar sob diversas ópticas,
duvidar. As novelas nos ensinaram a aceitarmos calados e esperarmos o
capítulo de amanhã, quando toda a verdade será revelada. Mas não existe A
verdade, ela é condicionada, direcionada, por quem tem a tinta, as câmaras e
os microfones, e engolidas sem mastigar por quem tem cérebro apenas para
distingüir a porta da janela.

Uma mesma notícia é divulgada de maneiras totalmente diferentes de um
veículo para outro. Para se manter realmente informado é necessário que o
consumidor tenha olhos de peneira e miolos insatisfeitos.

* Marcos Pontes é cronista, poeta, leciona matemática e escreve diariamente no blog Esculacho e Simpatia, ou seja ele esculacha sim, mas sempre com muita simpatia. O homem perfeito.

E ainda é meu amigo!
Beijo a todos ;-D

21.11.05

Salas de cinema com baixa audiência de público

Não fosse o filme "Os dois filhos de Francisco", os exibidores de cinema teriam amargado no Brasil uma queda ainda mais expressiva de público ao longo deste ano, como ocorre na maioria dos países latino-americanos.

Até outubro deste ano, a presença de público nas salas de cinemas foi 24% menor que em 2004 e a renda com bilheteria e alimentação registra queda de 18% no mesmo período (ver quadro). O que tem salvado a pátria, literalmente, é o filme "Dois Filhos de Francisco" que até outubro, teve 5,2 milhões de espectadores e renda de R$ 36,4 milhões.

O denominador comum a todos para explicar a menor afluência do público aos cinemas, não só no Brasil, mas em todo o mundo, foi a falta de lançamento de grandes títulos ao longo de 2005. Com o calendário das estréias em mãos nos últimos meses de 2004, os exibidores já previam um 2005 fraco e dizem que os resultados, que agora se confirmam, já eram esperados.

"Faltaram filmes que arrastam multidões aos cinemas", explica Heriberto Brown, gerente-geral da rede de cinema Hoyts na Argentina. "Não foi diferente em nenhuma parte do mundo e até o mercado norte-americano deve encerrar o ano com público menor que o registrado em 2004."

Apesar do fator comum aos exibidores de todo o mundo, as particularidades de cada mercado podem agravar ou atenuar a performance de um ano sem grandes emoções nas telas. No caso da Hoyts Argentina que concentra a maior parte de suas salas em shoppings centers, diz Brown, faltaram filmes dirigidos ao público infantil.

O efeito da pirataria, também contribui para as baixas receitas no setor, comum aos demais nos países latinos-americano. A situação econômica faz com que muita gente prefira economizar dinheiro com ingressos para a família inteira e investir em DVD pirata.

Fonte: Valor Econômico

Falha nossa

No post do dia 17/11/05 editei aqui uma entrevista com o psiquiatra e psicoterapeuta, Roberto Shinyashiki, só que não há menção nenhuma sobre quem é ele. E claro, ninguém tem a obrigação de saber. Portanto, queridos leitores, perdoem a falha da redação, afinal somos seres humaníssimos (acredito eu) e finalizando o projeto monográfico de fim de curso. Aí abaixo, tento redimir o meu erro.

Roberto Shinyashiki, 53 anos, é psiquiatra e psicoterapeuta

• Já vendeu 6,5 milhões de exemplares de livros como Amar pode dar certo e O sucesso é ser feliz;

• Presidente da Editora Gente, conclui este ano o doutorado em administração de empresas na USP;

• Católico praticante, freqüenta templos budistas e admira mestres da Índia como Osho, Sai Baba e Ramesh;

• Apaixonado por guitarra, apresenta-se uma vez por mês com o grupo Dinossauros Rock Band em um bar paulistano.

É isso!! Beijo a todos
;-P Chris

19.11.05

De caso com a poesia

* Desiderata ( Aquilo que se deseja)
Max Ehrmann


Siga placidamente por entre o ruído e a pressa, lembre-se da paz que pode haver no silêncio.
Tanto quanto possível, sem sacrificar seus princípios, mantenha boas relações com todas as pessoas.


Diga a sua verdade, mansa e claramente, e ouça a dos outros, mesmo os estúpidos e ignorantes, pois eles têm sua própria história.
Evite as pessoas vulgares e agressivas, elas atentam contra o espírito.

Se você se comparar aos outros, pode se tornar vaidoso ou amargo, porque sempre existirão pessoas piores ou melhores que você.

Desfrute das suas conquistas bem como dos seus planos.
Mantenha o interesse em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é bem verdadeiro na sorte inconstante dos tempos.

Tenha cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de astúcias. Mas não deixe isso cegar você para a virtude que existe.
Muitos lutam por ideais nobres e em toda a parte a vida está cheia de heroísmo. Seja você mesmo. Sobretudo não finja afeições.


Não seja descrente do Amor, porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva.
Aceite com brandura a lição dos anos, abrindo mão de bom grado das coisas da juventude.

Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários, e nem se torture com fantasias. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão.

Adote uma disciplina sadia, mas não seja exigente demais, seja gentil com você mesmo.
Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores: tem o direito de estar aqui.E, mesmo que não lhe pareça claro, o universo, com certeza, continua evoluindo.

Portanto, esteja em paz com Deus, como quer que você o conceba.
E quaisquer que sejam suas lutas e aspirações no fatigante tumulto da vida mantenha a paz na sua própria alma.


Apesar de todas as falsidades, maldades e sonhos desfeitos, este ainda é um belo mundo.
Seja prudente, alegre-se e lute pela sua felicidade.

*********

Você sabe o que é desiderata?
É uma palavra de origem latina (desideratu) que significa "aquilo que se deseja", "aspiração". Também é o nome de um dos poemas mais conhecidos do mundo.

Escrito em 1927 pelo advogado e poeta americano Max Ehrmann, Desiderata foi bastante copiado e passou de mão em mão durante anos a fio. Na década de 50, sua autoria ficou obscurecida e deu origem à crença de que datava do século 17. Durante a guerra do Vietnã, o movimento hippie o adotou como uma declaração de paz e amor.

O poema já foi receitado por um médico como "um remédio mágico" para curar os males da vida.


O meu desejo a todos. ;-P

18.11.05

Porque pensar é preciso

A mente intuitiva é uma dádiva e a mente racional é a sua serva. Criamos uma sociedade que honra a serva e esqueceu a dádiva.

Albert Einstein

17.11.05

Entrevista da Revista IstoÉ com Roberto Shinyashiki

Poderia ter editado ou diminuído, mas o conteúdo é tão bom que resolvi mantê-lo todo. Vale a pena a leitura.
;-D

Por Camilo Vannuchi

ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe.

O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.


ISTOÉ - O sr. citaria exemplos?
Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas.. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.

Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.


ISTOÉ - Qual o resultado disso?
Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.


ISTOÉ - Por quê?
Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.

Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.


ISTOÉ - Há um script estabelecido?
Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar." É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.

O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir." Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?


ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados.

Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.


ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem, parecem que fazem, parecem que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.


ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do Ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham." Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.


ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.


ISTOÉ - É comum colocar a culpa nos outros?
Shinyashiki - Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades.


ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui.

Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.


ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.

Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.


ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: "Você tem de estar feliz todos os dias." A terceira é: "Você tem que comprar tudo o que puder." O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: "Você tem de fazer as coisas do jeito certo." Jeito certo não existe.

Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.

Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.

Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz." Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis.


Grifo meu.
;-P

15.11.05

Números * Números* Números* Números*

680 milhões de pessoas – cerca de 12% da população do planeta – usam a internet, segundo a ONU. Das pessoas conectadas, 32 milhões são brasileiros.

Na Suécia, 73,6% de sua população torna este o país mais conectado no mundo, sendo a Libéria, o país com o menor número de conexões, somente 0,03% de seus habitantes.

Os brasileiros navegam 17 horas por mês, à frente da França, Japão e EUA. E o idioma mais utilizado na rede é o inglês, com 31,6% de internautas. O chinês vem em 2o. e o português fica em 9o.

14.11.05

A cargo de suas próprias conclusões

Menino Core


Em cima do blindado da polícia, o pequeno J., 11 anos, simula dar tiros nos agentes.


Depoimento de J., na reportagem Os meninos da Rocinha, do jornal O Dia de 13/11/2005.
Fala sério, tenho medo de morrer não. Não tenho nada pra perder. É da vida, sabe qual é? Tô na pista e não tem ninguém pra me ajudar. Quem dá moral é o irmão (traficantes), que compram quentinhas, dão dinheiro e umas peças (roupas) pra eu vestir. To na vida, quando tiver tamanho, vou formar de fuzil na parada, mandar prego (tiros) nos vermes (policiais) e nos alemão (bandidos rivais). Não tenho família não. Minha mãe bebia e batia na gente, saí saindo e não volto mais lá. Pra que, pra apanhar?

Credito foto: Severino Silva

12.11.05

Ih, Falha Nossa! (Curiosidades do cinema)

Se você gosta de cinema tanto quanto eu, não deixe de passar pelo site falha nossa que mostra erros cometidos em diversos filmes, confira alguns:

Matrix - No telhado, Neo atira loucamente no agente inimigo que evita todas as suas balas, mas por milagre as janelas do edifício atrás dele não são danificadas.

Tróia - Depois de Hector matar Menelau, acontece uma batalha. Quando a câmera filma por trás a debandada do troiano, há um sujeito deslizando de patins de costas em meio a uma pequena “clareira” que se abre entre os soldados fugindo.

Vale a pena conferir.


Falha Nossa

8.11.05

Diferentes pontos de vistas

by Beth Dantas

Disseram a Fidel Castro:
- A situação em Cuba está tão má que as universitárias se tornaram prostitutas.

Fidel respondeu:
- Não é bem assim, a situação em Cuba é tão boa que até as prostitutas são universitárias.

Ralph Finnes sobrenome Tudo de Bom

O Bom


Nem precisava ser talentoso com tanta beleza. Tem uma carinha que que diz "tô nem aí pra você", mas de vez em quando, dá aquela escapadinha de olhar, convencendo-nos justamente do contrário. É assim que se faz.

Ralph Finnes está em cartaz, no filme O Jardineiro Fiel (The Constant Gardner), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o mesmo de Cidade de Deus. As filmagens ocorreram em vários continentes: Quênia, Inglaterra, Alemanha e Canadá. Nas seqüências em que são mostradas cenas no ponto de vista de Justin (seu personagem), o próprio Fiennes operou a câmera.


Baseado na obra de John Le Carré, o filme conta a história de um homem que depois de ter a mulher assassinada na África, descobre que seu inimigo não é uma pessoa, mas sim a máfia envolvida na indústria farmacêutica.A história é prevísivel e vale a entrada e a permanência no cinema pela beleza das imagens do continente africano.

7.11.05

Novidades da terra do Orkut

Após enooorme resistência de minha parte, entrei para o Orkut. E confesso, gostei!

A curiosidade latente e a pergunta eterna: “Por que não?”, intrínsecas ao meu ser , juntamente com o convite de amigos insistentes diante de tanta teimosia (muito obrigada!), acabaram jogando por terra aquilo que achava ser somente um local para tomar conta da vida dos outros.(Se bem, continuo a pensar ser essa a maior finalidade do Orkut).

Descobri coisas novas, porém. E fico excitadíssima diante de descobertas. No entanto, fiz algumas bobagens como: apagar indevidamente, (por estar aprendendo a mexer nas ferramentas) alguns scraps e não consigo receber dois depoimentos que me surpreenderam. Falei quase instantaneamente com gente que não “via” há tempos, como: a Thaisa e a Bruna Bombom. Fiz festa pra elas e ainda espero encontrar alguns sumidinhos por lá!!

Agora, eu fofoquei...e como!! Revirei vários orkuts, (sem medo de ser feliz) e para minha surpresa, encontrei uma Christiani Rodrigues do Paraná. Logo eu, que pensava ser única, mas não sou. Que bom, assim me mantenho mais humilde.

Bom, se você gosta de conhecer gente e fazer amigos como eu, é o lugar certo. Meu endereço lá é Christiani Rodrigues. Fiz só um pouco de barulho e cheguei para ficar.

Uma das comunidades encontradas que mais gostei foi Sou legal, mas não tô te dando mole. Interessante para quem vive nos confundindo e se confundindo. (rs...)

Beijos a todos. ; - D

6.11.05

França por debaixo do tapete

A revolta dos últimos dias expõe uma França pouco conhecida. Os frustrados com a pobreza e o desemprego revelam a discriminação de uma população crescente que reside nos subúrbios daquela que é considerada a capital mundial da igualdade e fraternidade.

Trechos da entrevista de Karim Amellal* dada ao jornal O Globo, em 06 de novembro de 2005:

Há duas franças que moram no mesmo país. E o oceano entre elas aumenta. Sempre houve uma minoria de provocadores que cada vez mais os jovens seguem o modelo bad boy. Assistimos a um efeito de contágio. Ë normal que uma dessas Franças reaja. Quando um jovem imigrante chega aos 15 anos e vê que não tem saída, que não conseguirá trabalho, se refugia no islã, na religião, ou parte para um recurso violento. Dizem eles: que vocês todos se danem!!

A França optou por fechar os olhos, dizendo que todos são iguais e que o cidadão têm direitos iguais. Não é o caso.


* Professor de filosofia e literatura que publicou o livro Me Discrimine em que descreve a hipocrisia francesa e ex-morador da periferia de Paris, onde conta o que viu de errado nos subúrbios pobres.

4.11.05

De caso com a poesia

Solitudine


não, não é cansaço...
é uma quantidade de desilusão
que se me entranha na espécie de pensar
é um domingo às avessas
do sentimento,
um feriado passado no abismo...
não, cansaço não é...
é eu estar existindo
e também o mundo,
com tudo aquilo que contém,
como tudo aquilo que nele se desdobra
e afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais


Alvaro de Campos

Crédito Foto: Alfredo Muñoz de Oliveira

Tome Nota

Utilidade pública para sua lista de favoritos

Serviço de utilidade pública on line onde você informa o nome do remédio e obtém algumas características do mesmo, como preço médio na sua cidade e ainda nomes de medicamentos genéricos e similares.


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Ajudar faz bem ao coração

As crianças com AIDS do Hospital Gafrée e Guinle precisam alimentos como leite em pó integral, creme de arroz, cremogema entre outros que compõem a alimentação básica infantil.

Ajude! As doações podem ser entregues diretamente no Hospital, ou após contato com:Elaine (21) 9948-4891.

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Ambulatório da Pediatria - Rua Mariz e Barros, 775 - Térreo - Tijuca -Rio de Janeiro - TEL.: (21) 2569-1620 ramal:253 (251 e 252 - somente pela manhã)




Livros completos e gratuitos no Google

Desde 03/11/05, a Google disponibilizou ao público livros inteiros, obras não protegidas pela lei dos direitos autorais. A maior parte do material data do século 19, entre romances de Henry James, histórias da Guerra Civil norte-americana, leis e atos do Congresso, biografias de famílias de Nova York e mais.

Os textos estão indexados para buscas e os usuários poderão salvar imagens de páginas individuais. É possível encontrar informações sobre autores brasileiros como Machado de Assis, João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos e mais recentes como Paulo Coelho.

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3.11.05

Eu odeio novelas

De acordo com a autora da novela América, Glória Perez, uma surpresa ficará registrada na memória da tv brasileira, em seus capítulos finais. Trata-se da cena do beijo entre Júnior e Zeca que promete ser o mais sensual da história televisiva.

Glória é uma revolucionária e foi ela quem mostrou o primeiro nu frontal na telinha, com Lucélia Santos. Bom, isso não é lá do meu tempo.

Para quem está acompanhando a trama, fica aí uma dica que acabei de receber.

2.11.05

Ainda sobre o novo lay-out

Comemorando ainda o new style que está com cara de "amiga da Barbie super poderosa", digamos que adorei e digo que, a cada dia, De Ponta Cabeça amadurece e ganha vida própria.

O De Ponta já me rendeu algumas boas surpresas, quando no dia em que foi citado como referência, em 18/07/2005, pelo pesquisador da universidade de Lisboa, Rogério Nunes, no Indústrias Culturais, que é um dos meus blogs favoritos, com excelente conteúdo informativo e literário.

Não sou de falar muito, já devem ter percebido(acho que é mal de poeta). No entanto, sou uma observadora bem humorada da vida. Mas de vez em quando, digo alguma coisa por aqui. Gosto mesmo é de poetar. E no fundo, sou alguém com espírito prático, reservado e simples.

Infelizmente por causa da monografia está um complicado escrever o que eu gosto. Por pouco tempo isso, acredito eu.

O novo layout, porém, ficou lindão, obra faraônica da Gisele, minha irmã, mas acho que não sou tudo isso ali descrito. Um detalhe sobre a Gi (vulgo Lelinha): Toda vez que peço para trocar alguma coisa no blog, enquanto conversamos no MSN, ela diz: - Ai, meu Deus! O que fiz pra ter uma irmã tão chata.

Obrigada, premiadíssima blogueira, amiga e irmã, dona do blog Esferográfica Azul (tenho que puxar o saco, né?), lindona e salve-salve. Você é demais da conta!!

Ao Guca pelos posts (a quem sempre encho as medidas também, pedindo para escrever para o De Ponta vez em quando) e aos amigos que me visitam e contribuem nesse meu espacinho democrático da World Wide Web.

Fiquem à vontade, o blog é de vocês. Beijo.

Agora, volto à chatice necessária, minha monografia (mas que tô curtindo escrever, que mentira deslavada!). Deixa minha professora e orientadora ler isso.

Eu - Ipanema

Esta com as flores na foto, sou eu, Chris (a que vos escreve), em frente à Pça Nossa Sra. da Paz, em Ipanema, cansada, depois de uma seção de fotos de um trabalho exigido pela professora de fotojornalismo, tirada por minha querida amiga e cantora Luciana Dávila.


Chris

1.11.05

Celebrando a vida (e o novo lay-out, claro!!)

Excluída imagem conforme solicitação do autor


Estou com uma tremenda curiosidade em saber o que vai acontecer daqui a pouquinho na passagem pela vida. Têm coisas boas e agradáveis a caminho porque já me sussurraram ao ouvido que o melhor está por vir.
Então gritei: - Eu sei...e que venha logo!!

In English
I´m extremely curious to know what is going to happen in a little time in this life. There are some good and lovely things coming soon, because somebody has whispered me that the best part is to come.
Then I shouted: - I knew that… and come quickly!!

En Espanhol
Estoy muy curioso a saber o que va a pasar en poco tiempo en la vida. Algunas cosas buenas e agradables están a camino porque ya me cuchichearon que la mejor parte está viniendo.
Entonces yo grité: - Yo ya sabia... y venga luego!!






Chris, vai lá no meu blog, agora, diz que eu sou a irmã mais linda do mundo e a mais convencida também. Espero que todos gostem!