Ontem, ouvi o comentário do jornalista Arnaldo Jabour, pela CBN, contra os evangélicos deste país, altamente colérico, enfurecido, preconceituoso, transbordante de ódio e generalizado, o que pra mim demonstra falta de inteligência (mas será que inteligência quer dizer sabedoria, ainda é isto mesmo?). E, pelo pouco que sei e entendo, a pessoa perde toda a razão quando generaliza porque em todas as áreas, haverá exceções. Ou será que estou errada? De repente com tantas coisas de cabeça pra baixo, pode ser que a regra tenha mudado. Ou seriam as exceções?
Não sei por quê, porém, lembrei-me de Adolf Hitler e sua matança sanguinária, atroz, cruel (tal como os textos de Jabour, porque ele gosta deste tipo de palavras emotivas) , quando o ditador facínora (outra palavra muito utilizada em seu riquíssimo vocabulário), exterminou milhões de judeus, de várias formas, por muitos meios. Um era anti-semita e o outro, será que poderia chamar anti-evangélico? Não, não vou julgá-lo porque isto a mim não compete. Poderia dizer que foi um comentário infeliz dentre tantos?
Não é novidade pra ninguém, o ódio incubado por Hitler, antes de virar a matança feita, legitimada por lei, aprovada por toda uma nação, que acreditou em sua falácia persuasiva, transformando a verdade em mentira, a de que eles eram seres superiores ao RESTO do mundo.
Hitler disse: "Diga mentiras grandes; diga-as de forma simples, repita-as constantemente, tantas vezes quantas você puder, até que as pessoas comecem a acreditar no que você está dizendo".
O pior é que ninguém sabia o porquê daquele horror, apesar de algumas teorias não comprovadas dizerem que o cara precisava mesmo era de análise. Se quiser podem "fazer um google" sobre o assunto.
E pensei que, se o sujeito em questão fosse Hitler, será que, os evangélicos deste país estariam lascados, ou melhor, queimados feito o churrasquinho que vendem ali na esquina?
E assim me vi, entrando numa câmara de gás, sendo separada de minha família, ouvindo a voz de um guarda com uma espécie de suástica AJ em seu uniforme:
- Mulheres pra cá, homens pra lá, crianças acolá! Só quem tiver uma profissão ou souber fazer alguma coisa, deixem viver. Mas só por enquanto!
Ainda me vi esquálida, com a pele opaca, careca, de uniforme sujo, sem minha dignidade, sem ser chamada de brasileira, apesar de ter dado a minha contribuição e ainda ser útil ao meu país, e olha que nunca roubei ou matei um passarinho, que dirá uma vida.
E também me vi, sendo enviada a um campo de concentração somente por ser evangélica, por ter orado por pessoas, ajundando-as, por ter pedido a Deus que abençoasse minha nação, por ter visitado os doentes nos hospitais e levado uma palavra de conforto, por ter sido canal para reestruturar tantas famílias e por ter ajudado a tantas pessoas a se levantarem do chão, mostrando que há alternativa.
A alternativa dada pele Prícipe da Paz, lá na cruz, quando morreu por um mundo sem paz.
É, meu querido povo, se Ele, Jesus, que só fez o bem, foi levado à morte, que poderá dizer eu, tu, nós, que professamos esta fé!! E, se este momento chegar (Ué!, porque isto pode acontecer, afinal Hitler nem sempre foi considerado louco, pelo contrário, foi aclamado o melhor, o puríssimo pela multidão por muito tempo) espero poder repetir as palavras daquele que é meu mestre em todas as coisas:
- Pai, perdoai-lhe, porque ele não soube interpretar tão grandioso amor, dê-lhe ainda uma oportunidade de provar o que nós, (os discriminados, os bíblias, os que se vestem mal, os que usam gravatas ridículas, os sem cultura, os sem conhecimento, os manipulados ), já pudemos sentir tão aqui dentro do peito, este algo que nenhuma razão explica: o teu amor, bem fundo, dentro de nós.
Por favor, desculpem meu desabafo, bjos em todos
Chris
Quão insondáveis são os seus juízos,
e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Pois, quem conheceu a mente do Senhor?
Ou quem se fez seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dEle, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas;
glória, pois, a Ele eternamente.
Amém.
Apóstolo Paulo em carta aos cidadãos romanos
Judeus poloneses retirados do Gueto de Varsóvia, a caminho de um campo de concentração.
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