14.9.11

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA

TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA


Caso reconheça alguém assim, encaminhe-o à ajuda profissional, elogiando-o muito, com todo amor, dizendo que ele ficará bem melhor, para o bem da sociedade. É sério isso aqui. Nunca subestime alguém com um transtorno destes.





Características Diagnósticas:

A característica essencial do Transtorno da Personalidade Narcisista é um padrão invasivo de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos.

Os indivíduos com este transtorno têm:

- um sentimento grandioso de sua própria importância;

- rotineiramente superestimam suas capacidades e exageram suas realizações;

- freqüentemente são presunçosos ou arrogantes;

- podem presumir que os outros atribuem o mesmo valor a seus esforços e surpreender-se quando não recebem o louvor que esperam e julgam merecer;

- apreciam exageradamente as próprias realizações;

- constantemente se preocupam com fantasias de sucesso ilimitado, poder, inteligência, beleza ou amor ideal;

- podem ruminar acerca de uma admiração e privilégios a que teriam direito e comparar a si mesmos com vantagem sobre pessoas famosas e privilegiadas.

- se acredita superior, especial ou único e espera ser reconhecido pelos outros como tal;

- podem achar que somente consegue ser compreendido e apenas deve associar-se com outras pessoas especiais ou de situação elevada, podendo atribuir qualidades de "singularidade", "perfeição" ou "talento" àqueles a quem se associa;

- acreditam ter necessidades especiais, que estão além do entendimento das pessoas comuns. Sua própria auto-estima é amplificada (isto é, "espelhada") pelo valor idealizado que atribuem àqueles a quem se associam;

- tendem a insistir em ser atendidos apenas pelos "melhores" (médicos, advogados, instrutores, cabeleireiros) ou em afiliar-se às "melhores" instituições, mas podem desvalorizar as credenciais daqueles que os desapontam.

- exigem admiração excessiva;

- sua auto-estima é, quase que invariavelmente, muito frágil. Eles podem preocupar-se com o modo como estão se saindo e no quanto são considerados pelos outros. Isto freqüentemente assume a forma de uma necessidade de constante atenção e admiração.

- podem esperar que sua chegada seja recepcionada com grande alarde e ficar perplexos pelo fato de os outros não cobiçarem tudo o que possuem.

-podem "caçar" elogios constantemente, por vezes de maneira muito cativante. Um sentimento de intitulação manifesta-se na expectativa irracional destes indivíduos de receber tratamento especial.

- esperam ser adulados e ficam desconcertados ou furiosos quando isto não ocorre.

- podem, por exemplo, pensar que não precisam esperar na fila e que suas prioridades são tão importantes que os outros lhes deveriam mostrar deferência, e ficam irritados quando os outros deixam de auxiliar em "seu trabalho muito importante". Este sentimento de intitulação, combinado com uma falta de sensibilidade para com os desejos e necessidades alheias, pode resultar na exploração consciente ou involuntária dos outros.

- esperam que lhes seja dado o que desejam ou julgam precisar, não importando o que isto possa significar para os outros. Por exemplo, esses indivíduos podem esperar grande dedicação da parte dos outros e sobrecarregá-los de trabalho sem levar em conta o impacto que isto possa ter sobre suas vidas.

- tendem a formar amizades ou relacionamentos românticos somente se vislumbrarem a possibilidade de que a outra pessoa vá ao encontro de seus objetivos ou de outro modo aumente sua auto-estima.

- freqüentemente usurpam privilégios especiais e recursos extras, que julgam merecer por serem tão especiais.

- em geral carecem de empatia e têm dificuldade em reconhecer os desejos, experiências subjetivas e sentimentos dos outros.

- podem presumir que os outros se preocupam integralmente com seu bem-estar, e tendem a discutir suas próprias preocupações em detalhes inadequados e extensos, deixando de reconhecer que os outros também têm sentimentos e necessidades.

- freqüentemente desprezam e se impacientam com outras pessoas que falam de seus próprios problemas e preocupações.

- podem não perceber a mágoa causada por seus comentários (por ex., dizer alegremente a um ex-companheiro: "Agora encontrei o amor de minha vida!"; alardear saúde diante de alguém que está enfermo). Quando reconhecem as necessidades, desejos ou sentimentos alheios, tendem a vê-los como sinais de fraqueza ou vulnerabilidade. Aqueles que se relacionam com indivíduos com Transtorno da Personalidade Narcisista tipicamente descobrem neles uma frieza emocional e falta de interesse mútuo.

- freqüentemente invejam os outros ou acreditam que os outros têm inveja deles;

- podem guardar rancor pelos sucessos ou posses dos outros, achando que seriam mais merecedores destas realizações, admiração ou privilégios;

- podem desvalorizar rudemente as contribuições dos outros, particularmente quando estes receberam reconhecimento ou elogios por suas realizações.

Comportamentos arrogantes e insolentes caracterizam estes indivíduos. Eles freqüentemente exibem atitudes esnobes, desdenhosas ou condescendentes.

(Imagem: Graça Loureiro)
Texto: http://www.psicologiapravoce.com.br/

12.8.11

Palavras tão comuns (Amanda Rodrigues)

Esta linda canção que vou postar abaixo é de autoria da minha filha, Amanda Rodrigues. Não tenho palavras para expressar a felicidade que sente uma mãe quando ouve algo assim. Ela é o meu alecrim dourado (música que eu a ninava ainda bebezinha).

E algo interessante aconteceu quando eu estava grávida dela, que vou registrar aqui. Certa vez, aproximou-se uma senhora, conhecida há tempos de nossa família, mulher piedosa e de oração e veio a orar por mim. Ao acabar de orar, ela me disse que a Amanda era separada por Deus para louvar o nome dEle.

O tempo passou e eu me esqueci disso, até que quando ela estava com três anos, cantou um antigo louvor de letra nada fácil, O rosto de Cristo, de Feliciano Amaral e foi aí que meu queixo caiu e eu me lembrei da irmã que havia orado por mim.

Desde então, a vida e o suspiro da Amanda tem sido se envolver com música e música e música. Não é nada fácil criar um músico, porque o músico é um ser diferente, que só pensa em música, nada mais. E o que mais a Amanda fazia era batucar, pensar ritmo e todo esse universo...rs...

Não havia colocado aqui antes, porque ainda não estava registrada, mas agora, de vez em quando colocarei canções dela por aqui, se ela me permitir, claro! Ela é tímida demais...

Já vou avisando que a produção está amadora, porque ela a fez precariamente, mesmo assim a canção é especial e dá pra ver que Amanda nasceu para isso. E não é coisa de mãe, não!...rs....

Acreditem ou não, mas "Foi meu amor, que me disse assim, que a flor do campo é o alecrim!"


Palavras tão comuns (Amanda Rodrigues)



27.7.11

O orgulho, a soberba e a picada da mosca azul


“A soberba não é grandeza, mas inchaço,
e o que está inchado parece ser grande,
mas não é saudável”.
Agostinho



Você já ouviu falar sobre alguém ter sido picado pela mosca azul? Já viu o insetinho cor de anil, voando por aí? Eu só conheço as moscas varejeiras, que aliás, são repulsantes demais. Elas mais parecem aqueles aviões antigos da aeronáutica. Como conseguem levantar voo? Sei lá!

Como disse, entretanto, nunca vi moscas azuis, mas os efeitos naqueles que foram picados por ela, isto já. E creio que você também já viu.

A lenda da mosca azul

A história vem de uma antiga lenda oriental, na qual um servo foi picado pelo inseto e, a partir daí, começou a se olhar como o próprio sultão. Embevecido, ele se despersonaliza e se acha muito mais importante do que é.

Eu acredito que o inseto deve ter sido inventado pelo "Pai das Moscas" ou Belzebu, conforme Satanás, o diabo, é chamado por Jesus, nas Escrituras, porque tanto a vaidade, como o apego ao poder, a soberba e o orgulho são características encontradas no exame de sangue de suas vítimas.

É por isso, que se diz nos meios sociais e políticos que a pessoa foi "picada pela mosca azul", porque logo após ter assumido uma posição importante, encheu-se de vaidade e orgulho a ponto de perder a sua personalidade. É como se entrasse num estado de alucinação, em que "a vítima" ficou sem noção. Será que o famoso sem-noção se encaixa aqui?...hehehehe...

Conseguiu lembrar de alguém?

Machado de Assis que o diga. Ele retratou bem como fica a pessoa diante da mosca que se considerava "a flor, a vida, a glória", quem a olhava, entrava em estado de êxtase.


A mosca azul,
por Machado de Assis

Era uma mosca azul, asas de ouro e granada,
Filha da China ou do Indostão.
Que entre as folhas brotou de uma rosa encarnada.
Em certa noite de verão.

E zumbia, e voava, e voava, e zumbia,
Refulgindo ao clarão do sol
E da lua — melhor do que refulgiria
Um brilhante do Grão-Mogol.

Um poleá que a viu, espantado e tristonho,
Um poleá lhe perguntou:
— "Mosca, esse refulgir, que mais parece um sonho,
Dize, quem foi que te ensinou?"

Então ela, voando e revoando, disse:
— "Eu sou a vida, eu sou a flor
Das graças, o padrão da eterna meninice,
E mais a glória, e mais o amor".

E ele deixou-se estar a contemplá-la, mudo
E tranqüilo, como um faquir,
Como alguém que ficou deslembrado de tudo,
Sem comparar, nem refletir.

Entre as asas do inseto a voltear no espaço,
Uma coisa me pareceu
Que surdia, com todo o resplendor de um paço,
Eu vi um rosto que era o seu.

Era ele, era um rei, o rei de Cachemira,
Que tinha sobre o colo nu
Um imenso colar de opala, e uma safira
Tirada ao corpo de Vixnu.

Cem mulheres em flor, cem nairas superfinas,
Aos pés dele, no liso chão,
Espreguiçam sorrindo as suas graças finas,
E todo o amor que têm lhe dão.

Mudos, graves, de pé, cem etíopes feios,
Com grandes leques de avestruz,
Refrescam-lhes de manso os aromados seios.
Voluptuosamente nus.

Vinha a glória depois; — quatorze reis vencidos,
E enfim as páreas triunfais
De trezentas nações, e os parabéns unidos
Das coroas ocidentais.

Mas o melhor de tudo é que no rosto aberto
Das mulheres e dos varões,
Como em água que deixa o fundo descoberto,
Via limpos os corações.

Então ele, estendendo a mão calosa e tosca.
Afeita a só carpintejar,
Com um gesto pegou na fulgurante mosca,
Curioso de a examinar.

Quis vê-la, quis saber a causa do mistério.
E, fechando-a na mão, sorriu
De contente, ao pensar que ali tinha um império,
E para casa se partiu.

Alvoroçado chega, examina, e parece
Que se houve nessa ocupação
Miudamente, como um homem que quisesse
Dissecar a sua ilusão.

Dissecou-a, a tal ponto, e com tal arte, que ela,
Rota, baça, nojenta, vil
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.

Hoje quando ele aí cai, de áloe e cardamomo
Na cabeça, com ar taful
Dizem que ensandeceu e que não sabe como
Perdeu a sua mosca azul.



Agora você conseguirá detectar toda vez em que ver alguém mudar de comportamento por conta do poder que ganhou, e vai poder dizer sem medo de errar: "aí, vai mais um picado pela mosca azul!".

Já vi tantos...hehehehe...que toda vez que vejo uma mosca por perto, dou logo uma abanada...sai, mosca!

18.7.11

De Caso com a Poesia

Amigos são raros
(Christiani Rodrigues)


O que eu procuro no amigo?
Geralmente, aquilo que posso retribuir.

Porque tudo que a amizade quer
é troca
de um peso justo sem medida

se pender apenas para um lado
há erros,
e amizade é que não é.

O amigo precisa ter
brilho nos olhos e sal na pele
um tanto de verdade,
a sinceridade de um vidro que não quebra,
e saber relacionar-se com vida,
gratidão e solitude,
um pouco de riso,
uma lágrima de teimosia,

Precisa saber pôr o dedo na ferida,
sem deixar sangrar demais

Sem cremosidades,
o amigo precisa ter o frescor de um sorvete de fruta,
o calor nas mãos,
a naturalidade de coração
a liberalidade de sentimentos,
a generosidade de afetos.

De tudo, não precisa estar sorrindo,
necessita-se saber não ser pesado
muito menos acertar sempre
e se aprender a desatar o nó das angústias
tanto melhor,
deixou de ser amigo, passou a ser irmão.


Amigos são sempre tão raros.

Por outro lado, falado de outro modo
por ser poeta e ter a possibilidade de discernir espíritos,
isto percebo na lata;

De longe e por perto, o que mais detesto:
- o cinismo do fingimento.

Nada mais. Nada menos.

(Pelo dia do amigo - 20 de julho)




Aproveitando a inspiração, lá vai outra...feliz dia do Amigo!

7.7.11

De Caso com a Poesia

Tem dias que é assim
(Christiani Rodrigues)

Numa folha de papel pálida
a saudade tensa que não cabe
quando a caneta que se acha meio-cheia
quer falar sobre:
teus feitos
quem sabe, defeitos perfeitos

Numa espera comedida
pinto beijos à mão
sim, eu escrevo
sentimentos sortidos
tantos sonhos sentidos
que não perdem a exatidão da forma
e nem são tão breves

Contornadas à ouro e fogo
cravo palavras ao peito
eu quero te apaixonar
todas as vezes que voltares,
usando uma interseção
para mim

Se tens ouvidos, ouça
o meu coração fala ao teu
e o Espírito me diz: Voa!
Sim, eu já ouço...
ai, de mim que vou perecendo
- É o amor!



Quem disse que eu não voltaria? Amo muito tudo isso!

23.4.11

A tocar no futuro

Olá amigos,

faz tanto tempo que não passo por aqui. Não quero me justificar mais com vocês, porque não é desculpas. Têm horas que a gente precisa parar de teorizar com as palavras e colocar a mão na massa para melhorar a nossa vida, a vida do outro e o futuro da humanidade.

Porque tocar o futuro das pessoas e ajudá-las é algo urgente e sem preço. Assim tem sido a nossa vida. E temos alcançado muitas vidas pela Graça de Deus.

Mesmo assim, tenho inúmeros projetos porque nasci para escrever e já já vai acontecer tudinho que tenho pensado.

Aos que seguem, se quiserem me adicionar, também estou no facebook, é só procurar por Christiani Rodrigues. O FB é uma ferramenta mais ágil de comunicação até que meus planos sejam executados.

Excelente páscoa a todos

Chris

7.1.11

Ensaio mínimo sobre a inveja

Descrição de Inveja escrita por Ovídio*. Olha como é "troço" é antigo...

“A Inveja habita no fundo de um vale onde jamais se vê o sol.
Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio,
jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas(…).
Assiste com despeito aos sucessos dos homens e este espetáculo a corrói;
ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício”.


*Publius Ovidius Naso, conhecido como Ovídio nos países de língua portuguesa (Sulmo, 20 de março de 43 a.C. — Tomis, 17 ou 18 d.C.) foi um poeta romano e autor de outras peças de teatro.

Que susto!!

Tudo bem que tenho tido dificuldade em escrever ultimamente, agora mesmo estou tomando anti-inflamatórios por conta de um trabalho de 10 horas no computador, a dor é forte e irradia para o pescoço e têmpora, mas daí a sumir com o conteúdo do blog, quase me deixou surtada. Mas não passou de um susto daqueles.

Após vários procedimentos, desde o número de telefone celular até a troca de senhas, ficou tudo bem e o meu bloguezinho está aqui de novo.

E aqui estou eu, firme e forte, para as novas postagens de 2011. Mais um ano juntos. Não me abandonem porque eu volto!

Bjos

Chris