9.7.07

Recife, farinha e rapadura

Tive a oportunidade de estar em Recife por quatro dias somente. Cheguei quinta passada e retornei domingo, oitho, mas se for pra contar no dedo, aproveitei mesmo dois dias cheios.

Até me acomodar, já tinha perdido a tarde de quinta e o retorno já estava marcado para às 12:40 do domingo, então só tive a sexta e o sábado para aproveitar intensamente cada minuto, por isso escrevi a poesia, no post abaixo, sobre o tempo.

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Vista interna do vigésimo segundo andar do hotel


Fui a convite do maridão, Edson, que estava a trabalho e é evidente que me escondi dentro da bagagem dele. Ele faz a parte suja do negócio e eu aproveito, é claro!! (E muito bem aproveitado...rs...) Afinal, alguém precisa trabalhar aqui. rs...

Apesar de ter permanecido pouquíssimo tempo, tive momentos maravilhosos que ficarão arquivados no livro que eu escrevo todos os dias, contando a história da minha vida. O marcador de livros vai ficar justamente nestas páginas. A hospitalidade deles foi especial. Foram (são) mestres, parabéns!!!

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Vida boa em Boa Viagem

Ao chegar, fomos almoçar num restaurante badalado do local, tudo de bom, com o Odilon que nos aguardava no aeroporto. Havia um pouco de tudo ali, mas me detive na culinária japonesa, especificamente, gengibre com shoyu e raiz forte.

As carnes vinham e voltavam e lá estava eu, envolvida com gengibre, shoyu e raiz forte. Teve um momento em que usei tanto da pasta verde que meus olhos lacrimejaram e saíram fumaça pelo nariz. Só de pensar choro de novo. ..rs...Aquilo é muito bom!!! Então, o Odilon viu o quanto gostava e me ensinou a preparar aquela maravilha em casa e eu aprendi. Anotei tudinho. rs...

Estivemos com os amigos Jorge e Anne que não víamos desde 2001 e nos deixaram com um carro para passear pela cidade. Ganhei de Anne um cordão maravilhooooso da última moda. Na sexta à noite fomos conhecer o Guaiamum Gigante, especializado em frutos do mar (Bom demaiiiissss!!). Acho que o povo lá, me achou com cara de desnutrida. rs... Como eu comi, meu Deus!!

Sábado, passei o dia inteirinho com a amiga Má. Minha mainha (emprestada) fez o que mais gosto de comer: Arrumadinho. Minha amiga não sabia o que ia fazer para o almoço, então mainha disse:

- Oxente, mas eu vou fazer peixada que nada! Christiani gosta é de Arrumadinho!!!

Acertou em cheio, mainha. Nada de peixada, porque eu queria mesmo era Arrumadinho. A Má não sabe de nada né, mainha? Mainha que é mainha conhece gosto do filho. (rs...)

Quem não conhece arrumadinho, acho bom conhecer. O negócio só perde para gengibre, shoyu e raiz forte. rs... E mainha ainda me deu de presente um kilo de farinha pra fazer o arrumadinho aqui com a farinha nórdestina porque a carioca não fica boa no preparo do prato, é muito fina, vira uma papa só. (E não foi pra fazer farofa...rs...)

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Mainha, eu e Má depois do Arrumadinho



Não vi Anna Flávia!!!! Faz isso comigo mais não, eu não aguento isso não (leia-se com sotaque carregado...rs...), mas adorei falar com ela pelo telefone.

À tarde, fomos à Fenneart 2007 (Feira Nacional de Negócios de Artesanato - Pe, mas tinha gente até do Sul por lá). Dica do Maestro Gil, um amigo que fiz na net e que estava por lá também para nos conhecer pessoalmente. Pessoa nota 1000, minha gente!!! Estou encantada com este povo maravilhoso.

A conversa estava boa demais e só paramos porque as horas correram. (É sempre assim, né? rs...) E papo vai, papo vem, então eu disse que não tinha visto rapadura na feira, oxente!! Onde já se viu não ter um doce típico da terra, só via bombom e chocolate, aí danou-se...porque eu queria era rapadura mesmo!! Fiquei aperreada porque não achei a dita!! rs...

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Edinho e Má na Fenneart


No domingo, maestro amigo Gil nos levou ao aeroporto e adivinhem qual foi meu presente? Ganhei a rapadura, oxente!!! E de todos os tipos!!! Rapadura mole (isso mesmo, mole), rapadura dura, rapadura ao leite, rapadura aerada (é a tecnologia, chegando ao nordeste, minha gente...rs...) Dá pra imaginar a cara de criança que acabou de ganhar um presente? rs... Então pronto! Era a minha.

Retornei tão feliz, mas tão feliz, que vocês não tem idéia. Mas também com todo esse carinho, regado a farinha e a rapadura, o que mais vou querer da vida? Sou uma apreciadora das coisas simples e não abro mão disso (rs...).

Termino com as palavras de Bessie Stanley (dona de casa que ganhou um prêmio, em 1904, com a frase aí embaixo:

"Alcançou o sucesso aquele que viveu bem, riu com frequencia e amou muito".



Obrigada do fundo do meu coração. E se Deus me der o precioso fôlego de vida, eu volto logo, logo. Bjos

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Feliz de vez em Recife
Christiani Rodrigues



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