27.3.06

Setores que lucram no ano da Copa

Se a seleção brasileira tem o dom de hipnotizar milhões de brasileiros diante das telas de TV durante a Copa do Mundo, nos bastidores de algumas empresas, a movimentação será intensa para aproveitar o momento atípico que vivem os negócios nos trinta dias que dura o mundial.

Empresas que à primeira vista pouco têm a ver com futebol ou Copa do Mundo, já começam a lucrar com o evento ou reforçam sua estrutura na expectativa de elevar as vendas - antes, durante e depois dos jogos.

- Setor de alimentos fast food – a rede Mc Donald calcula um aumento de 20% na demanda do serviço de entrega nos dias de jogos da seleção brasileira, que vai ganhar reforço com a contratação de mais 80 pessoas. O pessoal encarregado de fazer as entregas será ampliado de 420 para 520 motoboys. Dentro das lojas, a rede calcula entre 6% e 7% o aumento total das vendas nos dias em que Ronaldinho Gaúcho e sua turma estiverem se exibindo nos gramados alemães.

- Setor de tecidos - quem trabalha com tecidos também comemora a proximidade da Copa do Mundo. Há pelo menos um mês a demanda de varejistas por tecidos nas cores verde e amarela cresceu 50%. Eles esperam um aumento dessa ordem durante o mês de maio, quando é a vez do consumidor fazer suas compras para confeccionar roupas, bandeiras, almofadas e toda sorte de apetrechos para torcer pelo Brasil.

- Setor de roupas - Roupas prontas também vendem mais em dias de mundial quando trazem as cores do Brasil. "Camisetas, blusas femininas ou blusões verde ou amarelos vendem mais 20% ou 30% do que as mesmas peças que não façam alusão às cores nacionais", diz o coordenador da marca Pakalolo, da confecção Marisol, Arthur Cavalcanti Latenthin.

- Setor de tintas - Como o Brasil inteiro costuma pintar ruas, calçadas, postes e o que mais aparecer pela frente, há demanda por tintas nessas cores também. Normalmente as empresas nem tem tintas nas cores verde bandeira e amarelo ouro, mas agora, por conta da Copa, há a encomenda de pelo milhares de latas de cada cor.

Até pela opção do consumidor por produtos mais baratos, o gerente de produtos da Tintas Coral, Maurício Gasperini não prevê aumento de demanda por sua marca, mas está otimista com negócios futuros. "Coincidência ou não, a cor de 2006 é o amarelo com toque de verde e eu creio que o Ano do Brasil na França, em 2005, tenha contribuído muito para essa tendência", diz ele, baseado num estudo realizado anualmente pela empresa em todo o mundo. "O verde e amarelo esteve nas vitrines da Europa em 2005 e o Brasil foi um dos grandes responsáveis por isso".

Fonte: Valor Economico

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