ENTREVISTA - 02/11/2006 22:02 por Christiani Rodrigues
Com Black Soul Gospel pra brasileiro nenhum por defeito, a Banda Templo Soul deixou uma semente plantada no coração de Duque de Caxias [RJ], mostrando a diversidade musical do povo de Deus. A galera caxiense-carioca cantou numa só voz: “Eu digo sim [sim], Sim para Jesus, E pro diabo digo não [não], Não deixe ele jogar semente errada no seu coração...”
Isso aconteceu no sábado, dia 29 de outubro de 2006, noite da quinta edição do Halleluween [de Aleluia, isso mesmo Aleluia!], na quadra lotada do Ginásio São José, em Duque de Caxias, fazendo estremecer a cidade, numa programação feita para mostrar aos jovens qual a verdadeira intenção do chamado Dia das Bruxas, uma praga infernal ressuscitada e que se alastra nos dias de hoje.
Antes da apresentação, descolamos uma entrevista com Rogério Sarralheiro, líder da banda Templo Soul, que você pode conferir abaixo.
Projeto Vida Nova de Caxias: De onde veio o nome da banda e há quanto tempo vocês tocam?
Rogério Sarralheiro: Havia pedido à minha esposa para fazer uma lista com vários nomes para a banda. Então de todos os nomes, gostamos deste porque dá um outro sentido, sou templo do Espírito Santo. E tocamos aproximadamente desde final de 99, então temos uns seis anos juntos.
PVND: A Banda que toca hoje é a mesma da formação original?
RS: Não, porque já trocamos alguns dos componentes.
PVND: A inspiração das letras, de onde vem?
RS: Do cotidiano mesmo. Do que se vê, do que se lê. Para nós, o importante é levarmos uma mensagem do nosso dia a dia, que fale sobre política, dinheiro, ambição humana etc.
PVND: Qual o maior objetivo do templo Soul?
RS: Evangelizar com a música.
PVND: E qual o público?
RS: Essencialmente os jovens por causa de nossa linguagem. Há pessoas adultas que depois que escutam a nossa música, acabam gostando e virando fã.
PVND: Preconceito?? Dentro e fora?
RS: Olha, está muito melhor agora. Há uns 15 anos atrás, era mais complicada e os caras que nos antecederam, quebraram pedreiras mesmo. Hoje, o que há, é mais o medo mesmo. Medo do novo. Fizemos uma apresentação numa igreja em que o Pastor, logo assim que começamos a cantar, ficou preocupado e nos chamou num canto dizendo: “Olha lá, o que vcs vão cantar”, mas depois que cantamos, ele viu que não era nada daquilo. Ou seja, a unção quebra o jugo. Quando eles enxergam Jesus em nós, fica tudo bem.
PVND: Há bandeira denominacional?
RS: Não. Até mesmo porque nós somos de várias igrejas. Minha formação é batista, nasci no evangelho, mas foi na minha adolescência que me despertei para o fato de querer estar nos caminhos do Senhor por toda a minha vida.
PVND: A inspiração para o som do Templo Soul?
RS: Kadoshi e Banda Rara.
PVND: E a fama?
RS: Olha, ainda não subiu à cabeça. Mesmo porque nem somos tão conhecidos assim, mas sempre estamos colocando diante de nós que, não podemos esquecer de onde viemos e o que estamos fazendo, quais nossos valores e o que nos vale mais. Procuramos usar nossa arte não para sermos ‘estrelas’, sabemos que isso é uma dificuldade enfrentada por vários cantores e bandas, mas reconhecemos que sem a graça de Deus não somos ninguém.
PVND: Sonhos, projetos futuros?
RS: Queremos lançar nosso CD e DVD gravado ao vivo e há projetos para isso no próximo ano.
PVND: Aquela canção com uma história especial?
RS: A música Mil, dez mil tem uma história marcante. È sobre o Salmo 91 e uma experiência pessoal que vivi. Eu estava dentro do ônibus, me dirigia para a igreja quando passamos próximos a uma manifestação. Um pedregulho foi jogado em direção ao ônibus e atingiu uma moça que estava na minha frente. Ela ficou com a cabeça afundada, foi horrível e eu fiquei em choque por aquela violência toda. No mesmo momento comecei a orar e agradeci a Deus por não ter sido atingido. E no momento em que orava, o Senhor falou ao meu coração: “Olha, esta pedra era pra você”.
Naquele instante, minha visão foi solidificada e compreendi a minha chamada.
Início do Halleluween, devocional dos jovens
Adivinha quem?
Uma multidão compareceu ao evento
Show com o Templo Soul
Outro momento do show
Eu e Adriana no stand
Amanda e Filipe com o líder da banda
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