21.7.05

Pelo dia do amigo

Texto em primeira pessoa (Só hoje e de novo)

Ontem foi o dia do amigo. Confesso que não lembrei de entrar em contato direto com os meus amigos, mas ainda há tempo e quero agradecer a todos os que me cumprimentaram pelo dia. Prefiro não dar nomes porque posso esquecer de alguém e é provável que jamais me perdoaria.

Esqueçamos, portanto, por um minuto, as reportagens, os problemas do mundo, do Brasil e os nossos. O amigo é mais importante.

Ao conversar e beijar uma vizinha pelo dia, disse-lhe que, apesar de cristã que sou, essa data pode ser considerada das mais importantes para mim, superando até mesmo a do natal. Natal, para mim, perdeu o significado, virou comércio. As pessoas ficam meio enlouquecidas nessa época diante de tanta coisa para consumir. Comemoro o natal todos os dias, menos no dia certo.

Retornando ao que importa, os amigos são especiais. Se pudesse classificá-los, eu diria que são como bens ativos da alma. E os bens ativos são aqueles patrimônios que demonstram se a pessoa é rica ou não. E amigos verdadeiros enriquecem a alma.

O verdadeiro amigo chora com você, está sempre por perto nas horas difíceis. De vez em quando, também dá broncas e diz “Menos, meu filho, menos”. Coloca sempre os nossos pezinhos no chão.

O verdadeiro amigo ri com você, mas se a piada for sem graça ele diz na sua cara e quem fica com cara de tacho é você. No entanto, se você faz alguma coisa bem legal, é o primeiro a te parabenizar. Também o primeiro a chiar, caso você não o participe.

Há duas semanas atrás, tive uma prova linda de amizade. O Enilton Ubirajara, nome de rei africano e um negão de quase dois metros, amigo desde que eu tinha 15 anos de idade, ao saber que estava passando por um momento de Tsunami na vida, saiu de Santa Catarina, viajou quase um dia de ônibus, chegou até a minha casa, no Rio de Janeiro, aflito para saber o que estava acontecendo. As notícias que tinha recebido não eram boas. E perguntei-lhe: “Não seria mais fácil se tivesse ligado?” Ele respondeu que sim, mas jamais teria certeza se iria me encontrar bem mesmo.

Que maior riqueza posso esperar da vida depois dessa demonstração de amor? Minha alma está farta e abastada.

Portanto, gostaria de dizer aos meus amigos, desculpe por me manter longe e distante, às vezes. Esse é o meu jeito, mas saibam que me considero rica de alma porque tenho todos vocês e se precisarem, estarei por perto.

A vocês, o meu carinho, o meu respeito e a minha admiração. Beijos no coração pelo dia que passou.

Chris

P.S. Em especial, para Gisele, minha irmã, que pacientemente me atura todos os dias e transcreve para o blog todas essas coisas.
Eu a pertubo muito com esse blog. E como!

Te amo, Gi. E eu também!

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